Foto: José Augusto Muleta
O tratamento de esgoto é uma ação sanitária muito importante. Afinal, quando descartados, os efluentes estão repletos de impurezas que podem prejudicar o meio ambiente e os seres humanos. Por meio do tratamento, que possui vários processos, as cargas poluentes do esgoto são removidas, fazendo com que a água volte limpa para os rios e mares.
Essa parte do saneamento básico é fundamental para a saúde pública. O esgoto não tratado possui diversos agentes patogênicos, resíduos tóxicos e nutrientes que contribuem para o crescimento de vírus, fungos e bactérias. Ao entrar em contato com os indivíduos, a água contaminada pode transmitir vários tipos de doenças, como a leptospirose, cólera, amebíase, hepatite A e febre tifoide. O catálogo de enfermidades é extenso.
O meio ambiente também ganha com o tratamento de esgoto, pois a água devolvida aos rios e mares está limpa. Se os efluentes foram despejados nesses locais sem o devido cuidado, as espécies que moram neles podem vir a falecer, o que pode complicar a cadeia alimentar e afetar um ecossistema por completo.
Uma das consequências da destinação incorreta de esgoto em corpos d’água é a eutrofização, um processo de poluição que aumenta o número de nutrientes presentes nesses locais, diminui a quantidade de oxigênio dissolvido na água e induz o surgimento em excesso de algas e cianobactérias. Estas possuem espécies que liberam toxinas, e, consequentemente, afetam os seres humanos.
O tratamento de esgoto no Brasil
O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) divulgou no ano passado, que no Brasil, apenas 46% dos esgotos gerados são tratados. São dados referentes a 2018, mas que continuam preocupantes. Porém, por mais que os índices sejam baixos, eles apresentaram um desenvolvimento em comparação aos números anteriores: em 2011, a população com acesso às redes coletoras de esgoto era de 48,1%, em 2018, essa porcentagem subiu para 53,2%. A proporção de esgoto tratado também teve um aumento, saindo de 37,5%, em 2011, para 46,3%, em 2018.
