Desobstruções de esgoto representam 65% dos serviços de manutenção das redes

Foto: Acervo Cesan

Desde o início das operações, em 2015, a Ambiental Serra já realizou mais de 73 mil desobstruções nas redes de esgoto, sendo o descarte irregular de resíduos nas tubulações um dos principais responsáveis para a necessidade dessas ações. A desobstrução ocupa uma porcentagem de 65% dos serviços de manutenção prestados pela empresa, e esse número aponta como é necessária uma conscientização por parte da população em relação ao cuidado com o sistema de esgotamento sanitário.

Para que o tratamento de esgoto aconteça, é essencial que as redes coletoras estejam operando com eficiência e sem problemas na estrutura. Esses sistemas foram feitos para transportar 99% de material líquido, e somente 1% de conteúdos sólidos, o que garante que os efluentes sejam carregados com facilidade até as Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs).

Os males do descarte irregular

Muitos indivíduos ainda não entendem os males que alguns materiais causam ao sistema — ou optam pela negligência — e fazem o descarte irregular de elementos que causam danos às redes, resultando no entupimento das tubulações. Consequentemente, o esgoto é extravasado e liberado para as ruas além de voltar para as residências.

As redes de esgoto devem receber esgoto, que é a água usada em vasos sanitários, nos chuveiros, pias da cozinha. No entanto, várias pessoas descartam nelas elementos incorretos, como cotonetes, absorventes, fraldas, camisinhas, fios de cabelo, restos de comida, óleo etc. Seja por negligência ou falta de conhecimento, o resultado dessa ação é negativo.

De acordo com Wanderson Gomes, analista da área de Responsabilidade Social da Ambiental Serra, já foram encontrados diversos tipos de materiais em serviços de desobstrução das redes. “O nosso maior inimigo é a gordura. Além dela, outros elementos muito encontrados são a areia, papel higiênico, lenço umedecido e a fralda descartável. Se o objetivo da fralda descartável é absorver o líquido, ficando inchada, imagina como ela fica quando é lançada nas redes?”, questionou o profissional.

Os problemas que vêm com a chuva

Gomes também contou que quando chove, os sistemas de esgotamento sanitário sofrem ainda mais com a ação humana. “Existem locais que não são contemplados com redes de drenagem, e quando a água começa a subir, o morador abre as tampas dos poços de visita (PV). Quando ele faz isso para escoar a água da chuva, vários tipos de lixo que têm na rua entram na rede de esgoto. Por causa disso, encontramos em serviços de desobstrução muita areia e até mesmo materiais usados em obras. É um grande problema que temos”.

A água da chuva, ao ser lançada nas redes, também causa a paralisação das elevatórias, as quais têm o objetivo de bombear os efluentes até as Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). Isso ocorre porque há um aumento de volume que a rede coletora não foi feita para suportar, além da presença de sedimentos incorretos e que obstruem a passagem do esgoto, como galhos e areia. As bombas, portanto, não aguentam e param, fazendo com que equipes tenham que fazer limpezas nas elevatórias e o concerto dos equipamentos.

O uso correto das redes é importante para o funcionamento dos sistemas, e, consequentemente, para a qualidade de vida da população. A Ambiental Serra trabalha para que todos os bairros atendidos por ela tenham o melhor serviço, no entanto, os moradores também precisam contribuir com esse serviço para que o resultado seja completo.

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